3 years ago

Descobertos exoplanetas diferentes do que conhecemos em sistemas planetário. [ 👉 ] Livro que eu indico: https://tinyurl.com/kxnun4ew
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Os planetas ou exoplanetas orbitam as estrelas e emitem luz refletida por elas certo? A um tempo atrás era assim que imaginávamos a ordem adas coisas, mas uma intrigante descoberta a partir dos telescópios do ESO em conjunto com dados do satélite Gáia da ESA acaba de mudar esse conceito, é o que você vai ver nessa dose diária de astronomia.

Os astrônomos até imaginavam que existiam no Universo planetas nômades, que se deslocavam longe de qualquer estrela que lhes iluminasse, assim seriam impossíveis de serem observados. Porém uma equipe de astrônomos liderada por Miret Roig, do laboratório de astrofísica de Bordeaux na França através de observações de grandes telescópios do ESO e seus equipamentos especiais, Conseguiram observar diretamente estes planetas.

A equipe tirou proveito de um fato interessante para observar os planetas errantes, por serem planetas recém formados, a apenas alguns milhões de anos, eles ainda estariam suficientemente quentes para brilharem, o que possibilitou sua detecção pelas câmeras sensíveis dos grandes telescópios utilizados. Foram descobertos pelo menos 70 planetas errantes com massas comparáveis à de Júpiter numa região de formação de estrelas próximas do Sol, na direção das constelações de Escorpião e Ofiúco.

Para encontrar tantos planetas assim a equipe utilizou os dados dos telescópios em Terra já mencionados com o de telescópios espaciais em um intervalo de tempo de 20 anos de observações. Segundo Hervé Bouy, integrante da equipe de astrônomos, A grande maioria dos dados vêm dos Observatórios do ESO, os quais foram absolutamente cruciais para este estudo, foram utilizados dezenas de milhares de imagens de grande angular das infraestruturas do ESO, que correspondem a centenas de horas de observações e literalmente dezenas de terabytes de dados. Foram medidos os movimentos minúsculos, as cores e as luminosidades de dezenas de milhões de fontes numa enorme área do céu, essas medições permitiram identificar de forma segura os objetos mais tênues desta região, os planetas errantes.

Dados do Satélite Gaia do ESA integraram a investigação complementando de forma preciosa as informações e marcando enorme sucesso de colaboração entre os telescópios em solo e no espaço, no que se refere a compreensão do nosso Universo.

O estudo sugere que poderão existir muito mais destes planetas errantes que ainda não descobrimos, chegando a milhares de milhões de gigantes que vagueiam livremente pela Via láctea sem uma estrela hospedeira. Esta pesquisa poderá dar aos astrônomos pistas de como estes objetos são formados, alguns cientistas acreditam que os planetas nômades se formam a partir do colapso de uma nuvem de gás muito pequena para dar origem a formação de uma estrela, ou que possam ter sido ejetados pelo sistema estelar onde foram originados, mas por hora são apenas hipóteses e não se sabe ainda qual destes mecanismos seria mais provável.

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