O declínio dos arquétipos

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Todos nós temos, de forma simbólica, uma figura ou pessoa na qual nos espelhamos como referência; alguém com características e virtudes que almejamos alcançar. E isso ocorre independentemente da cultura ou sociedade da qual façamos parte, pois ter uma referência é algo instintivo, fixado no nosso inconsciente coletivo. As concepções que temos de heroísmo, ladroagem, maternidade e bruxaria, por exemplo, são basicamente as mesmas independentemente da cultura, da crença e do posicionamento político. É disso que se tratam os arquétipos.

O termo arquétipo tem origem grega e é formado a partir da justaposição de dois vocábulos: “arkhé-“, que significa primitivo — mesma partícula que forma a palavra “arcaico”, para ilustrar —, e “-typos”, que significa modelo. Assim, a palavra “arkhetypos” pode ser compreendida como modelo primitivo.