O Efeito PERÓN

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Na era da agricultura e também na era industrial, a existência de um governo centralizado possibilitava o enriquecimento da nação até um certo ponto de máxima eficiência no sistema, de forma que, do ponto de vista utilitário, se justificavam ações governamentais no sentido de garantir aos cidadãos um sistema de leis e segurança. Todos nós sabemos das limitações de tal sistema democrático, que sempre acaba descambando para a formação de oligarquias, onde impera a corrupção e o abuso de poder, no entanto, em um mundo de informação cara e de difícil acesso, essa era a organização mais eficiente que havia. Nessa realidade, governos com instituições fortes e que permitiam maior liberdade econômica, experimentavam maior enriquecimento. No gráfico de PIB per capta (aqui tomado como medida de riqueza de uma nação), em função da porcentagem do governo no PIB total (aqui entendido como o tamanho do governo), para dados de 1980, se nota que há um ponto de maior eficiência da presença do governo na sociedade, que era em torno de 20% naquele momento, representado por EUA e Japão. Se o governo é menor ou maior que 20%, o PIB per capita tende a decrescer, sendo mais acentuada a queda da riqueza para um governo maior. No entanto, sabemos que a participação do governo sempre tende a aumentar ao longo do tempo, é o que fora descrito desde o início por Hobbes como o efeito Leviatã.