Em busca do NOVO HOMEM

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Referências:

Diniz Miguel, Jair. O taylorismo sovietico como front cultural - Projeto História, São Paulo, n34, p. 109-131, jun 2007

Lazagna, A. (2017). Lenin e o “taylorismo soviético”: uma abordagem crítica. Ponto-E-Vírgula, (21), 36–53.

Figes, Orlando. Uma história cultural da Russia / Orlando Figes; Tradução de Maria Beatriz de Medina. - 4ªed. - Rio de Janeiro: Record, 2021

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#Taylor #Ford #Individualismo

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Em 1924, em solo americano, foi publicado o livro NÓS, do russo Ievgêni Zamiátin. A data da publicação foi marcada pela vasta crise política, econômica e social que varria a Rússia Soviética desde do golpe de outubro de 1917. O autor imaginou um mundo caracterizado pelo controle absoluto do governo – em outras palavras, por um estado totalitário: o Estado Único. Seus objetivos eram a destruição de todo e qualquer direito humano básico, do livre arbítrio à imaginação, da liberdade e da individualidade. Os personagens não têm nome: são apenas números. Nosso protagonista é o D-503, e seu mundo é marcado pelo controle e máxima homogeneização. Não há espaço para pensamentos dissonantes: todos fazem parte do mesmo cálculo e suas vidas são regidas pela rigidez dos números, da matemática, da engenharia. A sociedade deve funcionar como uma perfeita equação, não deixando margem para erros ou liberdade. Se esse breve relato de algum modo te deixou curioso e/ou assustado, saiba que Zamiátin não criou essas ideias do nada. Na verdade, ele fez uma crítica ao pensamento de outros dois revolucionários que buscavam pelo controle absoluto da alma humana - Lênin e Alexie Gastev.