25/Fev - Só o COVARDE se omite

Versejar ao modo de uma payada sobre os dias que vivemos.

25/Fev - Só o COVARDE se omite

Versos de Alfredo Bessow
Costeio de violão: Beto Gonzales
Milonga para Dom Alfredo

Vivemos tempos de dor e tristeza
que corrói tudo que sonhamos:
eles se adonaram do que desejamos
e impuseram o culto à pobreza
como a dizer que existe nobreza
em levar todos para a privação
a começar pelo fim da Nação
destruindo valores e referencias
chegaram ao ponto, as excrecências
de entregar o país para um ladrão

Me sinto em um circo imaginário
onde no macabro picadeiro
vejo a maioria do povo brasileiro
sendo tratado como otário
a trabalhar pro governo perdulário
que gasta tudo que não tem
e segue tratando com desdém
quem produz e quem trabalha
O governo sempre atrapalha
sem ter dó do rabo de ninguém

Não quero fazer lambança
mas que a verdade seja dita
vejo e sei de tanta gente aflita
que trocou o certo por vingança
e continua a viver da esperança
de ter picanha assando na brasa
sem perceber que caiu a casa,
castelo de promessas de fartura
nossa comida alimenta ditadura
e quem pode, do Brasil logo vaza

Uma semana no padrão do lulista
marcado por mentiras e trapaça,
mas tem gente que acha graça
e repete chamando de fascista
quem aponta para o bode arrivista
que viaja pelo mundo inteiro,
esbanjando o nosso dinheiro
financiando quem odeia liberdade
e sejamos justos, a bem da verdade
ele envergonha a nós, povo brasileiro

Por onde quer que vá essa desgraça
é sempre a falta de discernimento,
lhes digo que este velho jumento
tem cara de velhaco que trapaça
e se tem um troféu, uma taça
que ele realmente mereça
é que o inominável logo pereça
livrando-nos desta disgrama
ordinário, biltre e pé de cana
que morra e no inferno feneça

Vergonha indecente e ambulante
foi defender os amigos terroristas
em um discurso de tons dilmistas
Nem sei se fala por ser ignorante,
mas sei bem que quem o garante
na cadeira de suposto presidente
não é o voto do povo que sente
que foi enganado pela televisão
escuto o chororô de muito isentão
que desperta assim, de repente

Por aqui, outra cortina se esvai:
a suposta agressão em Roma,
um jogo de empurra e embroma
mas enfim a máscara agora cai
e o assunto de cena logo sai
mas já cumpriu o papel seboso
de esconder a fala do Barroso,
que orgulhoso do seu ativismo
“Nós derrotamos o Bolsonarismo”
disse entre palmas o douto vaidoso

O sistema perdeu todo pudor,
não há mais padrão ou referência
estão dominados pela demência
tiram até a comida do trabalhador
tudo para bajular amigo ditador
Mandaram leite em pó e comida
numa trama muito bem urdida
diante do silêncio dos jornalistas
que não passam de reles ativistas
canalhas de uma vida desvalida

Ando cansado desta bandalheira
por ver a pátria ser assim ultrajada
sem que ninguém faça nada,
logo trocarão a nossa bandeira
e acabarão com a pátria brasileira
com um povo que anestesiado
assiste pela Globo abestalhado
que tudo está bem, em pleno gozo
se alguém reclamar, volta o Bozo
é o recado ameaça sempre renovado

Por isso digo a todos vocês
e repito com muita insistência
tenham vergonham e tenência
de jogar no lixo suas tevês
e passe a duvidar de tudo que vês
A mídia quer a sua docilidade
e deste modo moldar a sociedade
ao seu projeto de dominação
a Globo é o demônio, irmão,
que precisa impedir a verdade

Mas sempre haverá o novo dia
e sei que nós ainda venceremos
e estes bandidos expulsaremos,
nos livraremos de toda porcaria
e a dor será trocada pela poesia
Construir o novo amanhã é desafio
e faça muito calor ou mesmo frio
temos que agarrar a vida na mão
num fortalecer de alma e coração
e mandar a corja pra puta que pariu

É neste sentido meu chamamento
tá difícil, mas não vamos desistir
temos o dever de lutar, persistir
entender o caos deste momento
e através da união e fortalecimento
mostrar a todos os derrotistas
que não aceitamos ser conformistas
e mando a todos o meu convite
apenas o covarde é que se omite
os demais, estarão dia 25 na Paulista