Filme do Profeta Daniel

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Daniel (em hebraico: דָּנִיֵּאל, romaniz.: Dāniyyēl; em grego: Δανιήλ, romaniz.: Daniḗl), também chamado de Beltessazar (em acádio: 𒊩𒆪𒈗𒋀, romaniz.: Beltu-šar-uṣur),[2][3] é o principal personagem do Livro de Daniel. Segundo a narrativa bíblica, Daniel foi um jovem nobre judeu de Jerusalém levado como prisioneiro de guerra pelas tropas babilônicas após a conquista do reino de Judá. Ele tornou-se uma figura proeminente na corte babilônica e permaneceu fiel ao Deus de Israel, servindo ao rei Nabucodonosor II e seus sucessores com lealdade e competência até o momento em que a Babilônia foi conquistada pelo rei persa Ciro, o Grande.[4]

Ele não é considerado um profeta no Judaísmo, mas os rabinos o consideravam o membro mais ilustre da diáspora babilônica, insuperável em piedade e boas ações, firme em sua adesão à Lei apesar de estar cercado por inimigos que procuravam sua ruína. Daniel é considerado um Profeta no Cristianismo e, embora não seja mencionado no Alcorão, fontes muçulmanas o descrevem como um profeta.

Antecedentes
O nome Daniel significa "Aquele que é julgado por Deus" ou "Deus assim julgou", ou ainda, "Deus (El) é meu juiz".[5] Enquanto o Daniel mais conhecido é o herói do Livro de Daniel que interpreta sonhos e recebe visões apocalípticas, a Bíblia também menciona brevemente três outros indivíduos com este nome:

Daniel é um filho de Davi mencionado em 1 Crônicas 3:1.
Esdras 8:2 menciona um sacerdote chamado Daniel que foi da Babilônia a Jerusalém com Esdras.[6]
O Livro de Ezequiel (14:14, 14:20 e 28:3) refere-se a um lendário Daniel famoso por sua sabedoria e justiça. No versículo 14.14, Ezequiel diz da pecaminosa terra de Israel que "ainda que estes três, Noé, Daniel e Jó, estivessem nela, eles livrariam apenas as suas próprias vidas pela sua justiça." No capítulo 28, Ezequiel zomba do rei de Tiro, perguntando retoricamente: "Você é mais sábio do que Daniel?".[6] O autor do Livro de Daniel parece ter escolhido esta figura lendária, conhecida por sua sabedoria, para servir como seu personagem humano central.[7]
Daniel (Dn'il ou Danel) também é o nome de uma figura na lenda de Aqhat de Ugarite.[6] (Ugarite foi uma cidade cananeia destruída por volta de 1 200 a.C. – a tabuleta contendo a história é datada de 1 360 a.C.).[8] Este lendário Daniel é conhecido por sua justiça e sabedoria e como sendo um seguidor do deus El (daí seu nome), que deu a conhecer a sua vontade através de sonhos e visões.[9] Segundo a lenda ugarítica, Daniel não tinha filhos para sucedê-lo e por isso ele implora ao deus El pedindo um filho. Durante sete dias, ele fica no templo, dia e noite, orando e chorando. No sétimo dia, o deus Baal pede ao deus El que atenda o pedido de Daniel, com o qual El concorda.[10][11] As orações de Daniel aos deuses são respondidas com o nascimento de Aqhat.[12] Aqhat recebe um arco maravilhoso do ferreiro divino, o que desperta a inveja da deusa Anat.[13] Anat então inventa uma trama que resulta na morte de Aqhat.[14] Em seguida, a vegetação desaparece por toda terra e Daniel amaldiçoa os assassinos. A morte injusta de Aqhat causa uma seca que dura anos. A irmã de Aqhat, Pughat, decide buscar vingança matando os assassinos.[15][16][17] Infelizmente, o fim do mito ficou perdido e não se sabe o desfecho dessa história.

É improvável que Ezequiel conhecesse a lenda ugarítica muito mais antiga, mas parece razoável supor que existe alguma conexão entre os dois.[18] Os autores dos contos na primeira metade do Livro de Daniel provavelmente também desconheciam o Daniel ugarítico e provavelmente tiraram o nome de seu herói de Ezequiel; o autor das visões na segunda metade, por sua vez, tirou o nome de seu herói a partir dos contos.

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