Inflação recorde preocupa a União Europeia

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#FMI #Europa #Inflação

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Por mais que os planejadores centrais relutem em admitir, os números de inflação na Zona do Euro são realmente preocupantes. Frustrando as expectativas de redução da inflação acumulada de dezembro passado, que atingiu 5%, a taxa de inflação acumulada de janeiro atingiu 5,1% - sendo que a fracassada previsão do Banco Central Europeu é de que tal taxa seria de meros 4,4%. Tal percentual é obtido através da média da inflação nos países membros, no mesmo período; mas isso também oculta que existem países em condições bem piores que a média. Por exemplo, no caso da Estônia, as taxas de inflação acumuladas nos últimos 12 meses chegam a impressionantes 12%, um número que faz a depreciação do real brasileiro ser quase palatável. É claro que, para contextualizarmos a notícia em questão, estamos utilizando a definição mainstream de inflação - ou seja, a ideia errada de que inflação significa aumento generalizado de preços. Como bem sabemos, a inflação significa, basicamente, um aumento na base monetária, sendo que o aumento de preços é apenas a sua consequência mais visível. Dentre os produtos e serviços mais afetados pela carestia, quem se mostra como grande vilã é a energia elétrica, que já acumula um aumento de quase 30% nos últimos 12 meses. O crescimento da inflação na União Europeia é a continuação do efeito inflacionário observado em todo o mundo - afinal, além de tal fenômeno ser facilmente observável aqui nas republiquetas da América Latina, o fato é que mesmo os Estados Unidos estão experimentando as taxas de inflação mais altas das últimas décadas.